Divinópolis  2021                                            GABRIEL CASTRO RIBEIRO                                                 COMPLEXO MUSICAL SOCIOCULTURAL DE DIVINÓPOLIS  Divinópolis  2021                                  GABRIEL CASTRO RIBEIRO              COMPLEXO MUSICAL SOCIOCULTURAL DE DIVINÓPOLIS      Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à  Faculdade  Una  Divinópolis,  como  requisito  parcial para a obtenção do título de Arquiteto e  Urbanista.  Orientadoras: Érica Antunes; Viviane Braga       Divinópolis  2021  GABRIEL CASTRO RIBEIRO  COMPLEXO MUSICAL SOCIOCULTURAL DE  DIVINÓPOLIS  Trabalho  de  Conclusão  de  Curso  apresentado à Faculdade Una Divinópolis,  como requisito parcial para a obtenção do  título de Arquiteto e Urbanista.  Orientadoras: Érica Antunes; Viviane Braga   BANCA EXAMINADORA Divinópolis, 13 de dezembro de 2021 AGRADECIMENTOS    Agradeço os meus familiares e minha namorada pelo amor incondicional,  compreendendo  sempre  os  meus  momentos  de  ausência  nesta  jornada  acadêmica.  Sou  grato  aos  meus  amigos  que  sempre  me  motivaram  com  palavras de otimismo diante das adversidades que enfrentei no caminho. Aos  professores, muito obrigado pelo conhecimento transmitido e pelo empenho em  ensinar  da  melhor  maneira  possível,  tornando  esta  caminhada  mais  leve  e  interessante. As minhas orientadoras Érica e Viviane, agradeço por me guiar na  realização  deste  trabalho  com  sabedoria  e  dedicação.  Eternamente,  o  meu  agradecimento a todos!  RESUMO    O  presente  trabalho,  vem  através  de  uma  revisão  bibliográfica  buscar  compreender  a  importância  de  se  ter  os  conhecimentos  básicos  da  acústica  aplicados  a  arquitetura  para  a  criação  do  projeto  de  um  complexo  musical  sociocultural localizado na cidade de Divinópolis­MG. Também traz os preceitos  de como as cores estão atrelados aos nossos sentimentos e em como a maneira  de serem aplicadas podem impactam diretamente no aprendizado dos alunos.  Busca  entender  um  novo  campo  do  conhecimento,  que  faz  a  junção  da  neurociência com a arquitetura, trazendo benefícios para a criação de projetos  que  irão  proporcionar  uma  maior  qualidade  no  estudo  e  aprendizado  dos  usuários do complexo. Foram descritas neste trabalho três obras análogas que  irão  servir  de  referência  para  o  desenvolvimento  do  projeto.  Além  disso,  o  trabalho em questão traz uma análise do terreno e do entorno de onde o projeto  será executado.    Palavras chave: Acústica – Arquitetura ­ Conforto acústico ­ Práticas musicais                                          ABSTRACT    The present work, comes through a bibliographical review, trying to understand  the importance of having the basic knowledge of acoustics applied to architecture  for the creation of the project of a sociocultural musical complex located in the  city of Divinópolis­MG. It also brings the precepts of how colors are linked to our  feelings and how the way they are applied can directly impact student learning. It  seeks  to  understand  a  new  knowledge  field,  which  joins  neuroscience  with  architecture, bringing benefits to the creation of projects that will provide greater  quality in the study and learning of the complex's users. Three similar works were  described in this work that will serve as a reference for the development of the  project.  In addition,  the work  in question brings an analysis of  the  terrain and  surroundings where the project will be carried out.    Keywords: Acoustics ­ Architecture ­ Acoustic comfort ­ Musical practices  Sumário  1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9  2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 10  3 OBJETIVOS .................................................................................................. 11  3.1 Objetivo geral ............................................................................................. 11  3.2 Objetivos específicos ................................................................................. 11  4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 12  4.1 Referencial teórico ..................................................................................... 12  4.1.1 A importância da acústica arquitetônica .................................................. 12  4.1.2 O uso das cores no ambiente construído ................................................ 13  4.1.3 Neuroarquitetura: A integração da arquitetura com a neurociência ........ 14  5 OBRAS ANÁLOGAS ..................................................................................... 15  5.1 Escola de Música ARTAVE/CCM ............................................................... 15  5.1.1 Conceito e partido arquitetônico .............................................................. 15  5.1.2 Inserção urbana ...................................................................................... 17  5.1.3 Análise de fluxos, setorização e programa .............................................. 18  5.1.4 Materialidade / Tectônica ........................................................................ 23  5.2 Teatro Temporário Rocca di Cefalù ........................................................... 25  5.2.1 Conceito e partido arquitetônico .............................................................. 25  5.2.2 Inserção urbana ...................................................................................... 27  5.2.3 Análise de fluxos, setorização e programa .............................................. 27  5.2.4 Materialidade / Tectônica ........................................................................ 29  5.3 Auditório de Lugo ....................................................................................... 30  5.3.1 Conceito e partido arquitetônico .............................................................. 30  5.3.2 Inserção urbana ...................................................................................... 31  5.3.3 Análise de fluxos, setorização e programa .............................................. 31  5.3.4 Materialidade / Tectônica ........................................................................ 34  6 CONDICIONANTES PROJETUAIS .............................................................. 36  6.1 Descrição geral do terreno – Análise do terreno ........................................ 36  6.2 Descrição geral do terreno – Análise climática ........................................... 42  6.2.1 Análise da insolação e das cartas solares ............................................... 42  6.2.2 Análise da ventilação natural ................................................................... 46  6.3 Descrição geral do terreno – Infraestrutura Urbana ................................... 48  6.4 Descrição geral do terreno – Ambiente construído .................................... 52  6.4.1 Ambiente construído – Análise das edificações do entorno .................... 56  6.5 Descrição geral do terreno – Aspectos legais ............................................ 58  6.6 Mobilidade / Sistema viário ......................................................................... 60  6.6.1 Principais vias de acessos ao terreno ..................................................... 60  6.6.2 Hierarquia do sistema viário .................................................................... 61  7 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ............................................................. 61  8 POTENCIALIDADE E PROBLEMAS ............................................................ 62  8.1 Quadro de objetivos e estratégias projetuais ............................................. 62  9 PROGRAMA ................................................................................................. 64  10 FLUXOGRAMA ........................................................................................... 73  11 ESPACIALIZAÇÃO ..................................................................................... 75  12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 79      9 1 INTRODUÇÃO    O presente trabalho traz como preceito oportunizar o acesso gratuito ao  ensino de práticas musicais para crianças e adolescentes das redes estaduais e  municipais de ensino da cidade de Divinópolis – MG, com o intuito trazer a cultura  e a formação musical para os estudantes de baixa renda.  A  música  ajuda  na  socialização  das  crianças  e  adolescentes,  proporcionando habilidades sociais que  irão promover melhorias nas  relações  interpessoais, interação com as pessoas em sua volta pensando na coletividade,  além  de  ajudar  no  processo  emocional  dos  mesmos,  como  por  exemplo,  contribuir na expressão das emoções e dos sentimentos.    Além disso, no seio dos grupos sociais a música funciona como  um  instrumento  cooperativo,  encorajando  tanto  a  harmonia  interna  e  interesse  pelo  bem  comum,  como  da  solidariedade  coletiva quando confrontados com conflitos  internos  (GOMES,  2011, p. 5apud BROWN, 2006).    De acordo com Rodrigues (2011) a música é um recurso fomentador do  desenvolvimento  humano,  a  partir  dela  o  indivíduo  conquista  bem  estar  e  qualidade  de  vida,  além  disso  o  estudo  da  música  serve  como  estimulo  no  processo  de  escolarização  da  criança  e  do  adolescente,  pois  auxilia  na  aprendizagem da linguagem, da matemática e concentração.   Sendo assim, se faz necessário pensar em estratégias que possam levar  o ensino das práticas musicais a este público. No ponto de vista arquitetônico, é  notável a importância da criação de um espaço que atenda às necessidades dos  alunos  das  escolas  públicas  e  privadas  de  Divinópolis,  proporcionando  uma  estrutura que possa oferecer um ensino de qualidade e um bom conforto acústico  através de espaços bem projetados.    10 2 JUSTIFICATIVA    A temática escolhida para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão  de  Curso,  será  uma  Escola  de  Música  proveniente  de  uma  parceria  público­ privada que terá como objetivo o ensino gratuito de práticas musicais, que irá  atender pessoas de baixa renda da cidade de Divinópolis. A escola terá como  público alvo crianças e adolescentes de 7 à 18 anos que são estudantes da rede  municipal  e  estadual  de  ensino,  oferecendo  suporte  às  escolas  de  ensino  fundamental e médio, concedendo 40% das vagas para alunos da rede municipal  e 60% das vagas para alunos da rede estadual.   Atualmente,  a  cidade  de  Divinópolis  conta  com  a  Escola  Municipal  De  Música Maestro Ivan Silva, que atua desde o dia 30 de junho de 1991 ao lado do  Teatro Municipal Usina Gravatá, no bairro Santa Clara. A Escola Municipal de  Música também oferece o ensino gratuito de práticas musicais, cobrando apenas  uma  taxa  de  semestralidade  para  o  custeio  de  despesas  e  manutenções  da  própria  escola  no  valor  de  duas  Unidades  Padrões  Fiscais  do  Município  de  Divinópolis (UPFMD), que por sua vez equivale a R$83,33, somando o valor total  de R$166,66 sendo que alguns alunos tem o direito de isenção da taxa.   Segundo entrevista concedida por Maria Tereza da Cruz Mimoso Sousa,  diretora da Escola Municipal de Música de Divinópolis, relata que a escola possui  muita procura e não consegue suprimir a demanda da cidade, uma vez que já  possui em seu total 398 alunos e músicos de grupos, como o coral e a banda da  escola. Essa quantidade de alunos, se dá pelo fato de algumas das atividades  da  escola  estarem  suspensas  devido  a  pandemia  de  Covid­19,  por  falta  de  estrutura e dificuldade tecnológica. Em tempos normais em que todas as suas  atividades e cursos ofertados estão em funcionamento, a escola atinge a sua  capacidade máxima de 488 alunos.   A  cidade  de  Divinópolis  conta  com  um  grande  número  de  estudantes  matriculados  nas  redes  públicas  de  ensino  fundamental  e  médio.  Segundo  a  Secretaria Municipal de Educação, 12.474 alunos estão matriculados na  rede  municipal de ensino e, segundo os dados fornecidos pela 12ª Superintendência  Regional de Ensino (SER), 19.239 alunos estão matriculados na rede estadual  11 de ensino. Com isso, é notável a dificuldade da escola municipal de música suprir  a demanda da cidade. Portanto se  faz necessário pensar em um projeto que  atenda parte da grande demanda existente, oferecendo um suporte ao ensino  de música as escolas públicas da cidade, uma vez que foi sancionada no dia 2  de maio de 2016, a lei n° 13.278, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de  música  entre  outras  expressões  artísticas  nas  escolas  tanto  públicas  quanto  privadas.    3 OBJETIVOS    Para o presente trabalho, foram elaborados os seguintes objetivos:    3.1 Objetivo geral    Criar um complexo musical que ofereça a estrutura necessária para um  ensino de qualidade e formação musical gratuita, com espaços projetados para  oferecer um bom conforto acústico.    3.2 Objetivos específicos      Oferecer salas adequadas com conforto acústico para  o ensino de práticas musicais.    Criar um espaço público ao ar livre para integração e  socialização dos alunos e da população.    Criar  um  auditório  para  apresentações  em  local  fechado.    Inserir a Arquitetura Biofílica nos ambientes internos  e externos do complexo musical.  12 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA    4.1 Referencial teórico    4.1.1 A importância da acústica arquitetônica    Segundo Souza, Almeida e Bragança (2012), desde os tempos antigos, a  acústica vem mostrando o seu valor e a sua importância para o homem. Exemplo  disso, temos os teatros gregos, que puderam nos ensinar sobre a distribuição da  plateia, que por sua vez possuíam formas semicirculares e, juntamente a isso o  uso da  topografia,  fazendo com que o público  ficasse mais próximo ao palco  obtendo uma maior captação sonora. O teatro romano segue quase que esses  mesmos preceitos do teatro grego, com exceção de por exemplo não estar muito  vinculado ao aproveitamento topográfico.   Já na Idade Média, com o passar de quase um milênio sem o teatro ser  modificado ou desenvolvido na sua arquitetura, o que passou a melhor retratar  as  funções acústicas de um espaço,  foram as  igrejas,  que por  sua vez eram  construídas  com  materiais  acusticamente  reflexivos,  como  pedra  e  alvenaria,  tornando­se  locais  que  proporcionaram  bastante  o  desenvolvimento  musical  devido ao seu excelente desempenho acústico.   A partir do século XX, a acústica passa a ser tratada com maior respeito  e seriedade através de embasamentos científicos, e só assim o valor da acústica  dos  ambientes  foi  realmente  comprovada.  No  início  do  século  XX,  a  plateia  apresentou uma maior homogeneidade na recepção sonora, isso devido a nova  arquitetura  em  que  valorizava  a  forma  retangular  dos  auditórios. Essa  forma,  trabalhando  juntamente com predição matemática do  tempo de  reverberação,  proporcionou  uma  melhora  considerável  na  acústica  (SOUZA;  ALMEIDA;  BRANÇA, 2012).  Sendo  assim,  é  imprescindível  ter  conhecimentos  sobre  os  conceitos  básicos  dos  sons,  uma  vez  que  vão  impactar  diretamente  na  qualidade  dos  13 ambientes construídos, sendo eles, muito importantes para o entendimento de  suas  propriedades  de  maneira  que  possam  ser  aplicados  nos  materiais  construtivos utilizados nas edificações e também na acústica arquitetônica, a fim  de explicar e sugerir maneiras, formas e estratégias projetuais alternativas que  possam minimizar esses problemas. “A acústica só se torna um dado de projeto  a partir do momento em que se entende o que é o fenômeno chamado som e  como ele se propaga, pois este é um conhecimento elementar para promover a  qualidade acústica do ambiente”. (SOUZA; ALMEIDA; BRANÇA, 2012).    4.1.2 O uso das cores no ambiente construído    De  acordo  com  Heller  (2021),  existe  uma  capacidade  das  cores  de  influenciar as pessoas, tendo uma relação profunda entre as cores e os nossos  sentimentos,  podendo  assim,  causar  diversas  sensações  na  criação  de  ambientes.  A  obra  de  Eva  Heller  traz  diversos  acordes  cromáticos,  onde  é  possível  identificar  inúmeros  efeitos  que  as  cores  podem  trazer  aos  seres  humanos,  e  aborda  individualmente  cada  cor  de  maneira  mais  detalhada  mostrando como podem ser associadas aos sentimentos humanos.  A  autora  afirma  que  cada  cor  tem  um  impacto  subjetivo  na  vida  das  pessoas, ela  tem a capacidade de evocar  inúmeros sentimentos e sensações  nos  seres  humanos,  podendo  atuar  de  maneiras  diferentes  dependendo  da  ocasião, como por exemplo a cor azul, que pode trazer o efeito de harmonia para  o  ambiente,  o  verde  um  efeito  calmante  e  o  amarelo  como  algo  caloroso.  Portanto, se torna indispensável o estudo do simbolismo e o efeito de cada cor  na percepção do ambiente construído.          14 4.1.3 Neuroarquitetura: A integração da arquitetura com a neurociência    Villarouco et al. (2021) explica que a neuroarquitetura é classificada como  um campo multidisciplinar, composto pela neurociência, psicologia e arquitetura.  Tem  como  objetivo  dar  atenção  para  atividades  neuronais  juntamente  com  o  ambiente construído. Esse campo do conhecimento se preocupa como a forma  arquitetônica pode gerar prazer e satisfação para os seres humanos. Estudiosos  da  área  veem  a  neurociência  com  arquitetura  uma  conjuntura  positiva,  pois  avalia na sua maior complexidade o potencial de cada ambiente. Além de ser  um ponto chave na melhora da qualidade de vida das pessoas.   A integração da arquitetura com a neurociência, entende como acontecem  as  trocas  entre  esses  campos,  trazendo  saúde  e  bem­estar  em  projetos  arquitetônicos. Isso se dá, devido a capacidade do ser humano de movimento,  visão e audição, podendo absorver da imagem o que ela significa ou representa  através  do  sistema  nervoso,  que  recebe  estimulo  dos  espaços  construídos.  Segundo os autores, Villarouco et al (2021) “não vemos o mundo apenas com os nossos olhos, mas principalmente com nosso cérebro.”  No  ponto  de  vista  da  arquitetura,  sabe­se  que  um  ambiente  amplo  e  iluminado ajuda na concentração do estudo, como também o uso de cores em  locais estratégicos podem aumentar a produtividade, e disposição e a estética  dos  moveis  se  bem  utilizados  podem  induzir  a  pessoa  ao  relaxamento  (VILLAROUCO ET AL, 2021).              15 5 OBRAS ANÁLOGAS    5.1 Escola de Música ARTAVE/CCM    Identificação da obra: Escola de Música ARTAVE/CCM  Local: R. Termas 754, Areias, Santo Tirso, Portugal  Ano do projeto: 2020  Autor do projeto: Aurora Arquitectos  Área construída: 3.873 m²    5.1.1 Conceito e partido arquitetônico    O  projeto  traz  como  conceito  o  convívio,  integração  e  a  união  dos  ambientes. O partido arquitetônico adotado para chegar a este objetivo, se deu  através da ligação de dois blocos de salas de aula que já eram preexistentes no  local, através de um volume que se destaca na cor amarela, que faz a união  vertical e horizontal das edificações. Com o propósito de estimular o convívio dos  alunos,  a  Aurora  Arquitectos  implantou  um  anfiteatro  exterior,  que  possa  ser  usados pelos alunos em seus intervalos de aulas.                16 Figura 1: Vista frontal Escola de Música ARTAVE/CCM    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out. 2021.    Figura 2: Crianças interagindo no anfiteatro na parte externa da Escola de Música.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out. 2021.  17 5.1.2 Inserção urbana    A Escola de Música ARTAVE/CCM, localiza­se na R. Termas, n° 745, na  Freguesia de Areias, Santo Tirso, Portugal, sendo a cidade pertencente a Área  Metropolitana  de  Porto.  Seu  entorno  em  sua  grande  maioria  é  residencial,  obtendo apenas alguns comércios locais. A obra se encontra dentro do complexo  do Colégio das Caldinhas, se destacando em relação ao seu entrono imediato  devido  a  sua  volumetria  e  cor  de  destaque,  proveniente  de  um  grande bloco  amarelo que faz a união de dois edifícios. Em divisa com a escola, encontra­se  a Caldas da Saúde, local destinado a tratamentos com águas termais e Spa.   No entono da Escola de Música, é possível notar a grande quantidade de  áreas vazias, destinadas a plantações. Isso faz com que a escola se isole um  pouco  dos  ruídos  urbanos,  trazendo  um  maior  conforto  acústico  em  seus  ambientes internos, como suas salas de aulas, e externos como o anfiteatro.  Figura 3: Vista aérea implantação do projeto.    Fonte: Google Earth Pro. Acesso em: 20 de Out. 2021. Adaptado pelo autor.            18 5.1.3 Análise de fluxos, setorização e programa     A edificação possui uma metragem total de 3873 m², distribuídos em  quatro pavimentos, sendo eles subsolo, térreo, primeiro pavimento e segundo  pavimento. A edificação se constitui de dois blocos que já eram existentes no  local, que são interligados por um novo anexo central, que faz a união das duas  edificações preexistentes.   A planta do subsolo, traz apenas os dois blocos que antes já  preexistiam, possuindo acesos independentes sem ter ligação um com o outro  neste pavimento. Esse andar conta com duas salas de aula, uma sala multiuso,  sala de cabines, dezessete salas de instrumentos, três salas de percussão,  banheiros e o anfiteatro na parte externa da edificação.   A maneira em que a sala de cabine foi definida, traz benefícios para os  estudantes que procuram um local tranquilo para os estudos, devido ao fato de  ficaram longe das salas de instrumento e salas de percussão, não tendo ruídos  que incomodem e desconcentrem os alunos.   As salas de aulas, diferente das salas de instrumentos, são maiores e  foram projetadas para receber mais alunos, para que seja lecionada aulas  teóricas, já as salas de instrumento foram feitas para aulas individuais com os  professores ou para pequenos grupos. Observando também as salas de  percussão, é importante analisar a sua localização, que por sua vez por estar  no subsolo ajuda a reduzir a propagação do som, tendo que se atentar apenas  na propagação através da vibração de estruturas.              19   Figura 4: Setorização Planta Subsolo.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.                                      20 A partir do térreo, os dois blocos preexistentes já se integram comunicando entre  si através do anexo, porém, um ponto negativo é o fato de não possuir acessibilidade,  tendo os únicos acessos as edificações se dando apenas através de escadas. Também  a partir da planta do térreo, além de possuir as salas de aula e salas de instrumento,  podemos observar nos demais pavimentos as salas de conjunto, que são destinadas  aos ensaios e aulas práticas de conjuntos como orquestra e coral.  Figura 5: Setorização Planta Térreo.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.                              21 Figura 6: Setorização Planta 1° Pavimento.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.    Figura 7: Setorização Planta 2° Pavimento.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.        22 O acesso principal aos edifícios, se dá pelo novo volume amarelo que interliga  os blocos e  todos os seus pavimentos, os demais acessos podem ser considerados  secundários  e  exclusivos  de  cada  bloco,  não  havendo  interação  entre  si,  levando  apenas a andares específicos de cada bloco.  Figura 8: Análise dos Acessos.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.                                  23 5.1.4 Materialidade / Tectônica    Na obra foram trabalhados materiais como o vidro, que além de trazer mais  leveza ao espaço, acaba proporcionando a integração.  Figura 9: Vidro trazendo leveza e integração para os espaços.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021.                24 Interessantes observar no anexo, a utilização da cor amarela que por sua  vez  tem  a  propriedade  de  transmitir  a  sensação  de  felicidade,  otimismo  e  gratidão, o que torna o ambiente mais alegre para os seus alunos e professores.  Figura 10: Utilização da cor amarela na escola de música.    Fonte: Aurora Arquitectos. Disponível em: http://aurora.com.pt. Acesso em: 20 de Out.  2021.                          25 5.2 Teatro Temporário Rocca di Cefalù    Identificação da obra: Teatro Temporário Rocca di Cefalù  Local: Cefalù (PA), Itália  Ano do projeto: 2016  Autores do projeto: AM3 Architetti Associati, Cannone Architetti  Área construída: Não consta    5.2.1 Conceito e partido arquitetônico    O conceito trabalhado na obra é a integração com seu entorno e a leveza.  O partido arquitetônico adotado por AM3 Architetti Associati e Cannone Architetti  para alcançar o conceito desejado é a utilização do próprio fluxo da paisagem  natural para a criação do anfiteatro e, para alcançar a sensação de leveza, foi  utilizado carvalho em todo o projeto em forma de finas camadas de madeira de  modo em que é permitido a passagem de luz. A leveza e a integração são mais  uma  vez  ressaltadas  com  a  utilização  de  pedra  calcária,  que  por  sua  vez  é  presente em todo o terreno.                  26   Figura 11: Teatro Temporário Rocca di Cefalù.    Fonte: AM3 Architetti Associati. Disponível em: www.am3studio.it. Acesso em: 24 de Out. 2021.                      27 5.2.2 Inserção urbana    O anfiteatro está inserido em uma falésia em Cefalù, Itália, localizado na  base  de  Rocca  di  Cefalù.  O  novo  anfiteatro  respeita  as  estruturas  históricas  antigas feita pelo homem que se encontram no entorno do  local e,  também a  grande  falésia  e  os  afloramentos  rochosos,  de  maneira  em  que  foram  feitas  pequenas alterações sutis para a criação da nova atração cultural  juntamente  com a utilização de materiais leves que se integram ao ambiente.  Figura 12: Implantação do Projeto.    Fonte: AM3 Architetti Associati. Disponível em: www.am3studio.it. Acesso em: 24 de Out. 2021.  Adaptado pelo autor.    5.2.3 Análise de fluxos, setorização e programa     Observando a setorização do projeto do anfiteatro, podemos perceber o  seu formato circular, que favorece a acústica para os espectadores, ainda mais  se  tratando  de  um  ambiente  aberto.  Os  vestiários  foram  posicionados  estrategicamente  debaixo  dos  acentos  da  plateia,  de  modo  que  aproveite  e  otimize o espaço, oferecendo uma melhor estrutura. A circulação do anfiteatro é  acessível,  com  rampas  que  circundam  a  plateia,  levando  as  pessoas  para  o  ponto mais alto dos acentos, onde também se encontra um mirante.  28 Figura 13: Setorização Teatro Temporário Rocca di Cefalù.    Fonte: AM3 Architetti Associati. Disponível em: www.am3studio.it. Acesso em: 24 de Out. 2021.  Adaptado pelo autor.    Figura 14: Teatro Temporário Rocca di Cefalù.    Fonte: AM3 Architetti Associati. Disponível em: www.am3studio.it. Acesso em: 24 de Out. 2021.                29 5.2.4 Materialidade / Tectônica    Em todo o projeto  foi utilizado a madeira de carvalho, alcançando uma  maior integração com o ambiente natural em seu entorno e trazendo leveza para  obra.  A  estratégia  utilizada  de  deixar  um  espaçamento  entre  as  camadas  de  madeira é muito interessante para que crie uma certa transparência no material,  além de proporcionar a passagem de luz.  Figura 15: Madeira de carvalho com espaço entre as camadas de madeira.    Fonte: AM3 Architetti Associati. Disponível em: www.am3studio.it. Acesso em: 24 de Out. 2021.                                    30 5.3 Auditório de Lugo    Identificação da obra: Auditório de Lugo  Local: Lugo, Espanha  Ano do projeto: 2008  Autor do projeto: Paredes Pedrosa  Área construída: 14.647 m²    5.3.1 Conceito e partido arquitetônico    O projeto do auditório, traz como conceito A Muralha Romana de Lugo, a  única fortificação romana completa e preservada do mundo que rodeia a área  histórica da cidade. O partido arquitetônico que o escritório Paredes Pedrosa  utilizou  para  chegar  ao  seu  conceito,  foi  se  aproveitar  dos  sete  metros  de  desnível  do  terreno,  obtendo  uma  forte  condição  topográfica  utilizando  a  topografia a favor do projeto, se assemelhando com a muralha de Lugo.  Figura 16: Auditório de Lugo.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021.  31 5.3.2 Inserção urbana    O Auditório de Lugo,  localiza­se na Av. de Magoi, n° 54, na cidade de  Lugo, Espanha. As edificações de seu entorno possuem usos mistos, porém em  sua  grande  maioria  é  composta  por  uso  residencial.  No  entorno  imediato  do  auditório, passa o Rio Minho, que por sua vez é um importante rio para a cidade  de Lugo.  Figura 17: Vista aérea implantação do projeto.    Fonte: Google Earth Pro. Acesso em: 24 de Out. 2021. Adaptado pelo autor.    5.3.3 Análise de fluxos, setorização e programa    O  volume  da  obra  possui  uma  forma  longa  e  irregular,  onde  se  faz  a  disposição de um grande lobby que conecta diferentes alas e setores, incluindo  os dois auditórios que a obra possui, um com capacidade para 300 pessoas e,  outro maior com uma capacidade para 900 pessoas. A disposição dos acentos  do  auditório,  são  colocados  de  modo  escalonado  e  intercalando  as  cadeiras,  para que ninguém obstrua a visão de ninguém na hora dos espetáculos.    32 Figura 18: Setorização Auditório de Lugo.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.    Figura 19: Auditório de Lugo, sala para 900 pessoas.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021.    33 A  edificação  possui  cinco  importantes  acessos,  sendo  eles  acesso  ao  estacionamento, acesso que se dá pelo jardim, acesso ao congresso, acesso de  carga e descarga e um acesso pela Av. de Magoi.  Figura 20: Análise dos Acessos.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021. Adaptado pelo autor.                                    34 5.3.4 Materialidade / Tectônica    A  fachada  foi  trabalhada  com  vidro  em  diferentes  tamanhos,  proporcionando uma vista para um jardim e para diferentes pontos da cidades.  Ainda na fachada é possível notar a presença de brises, que impede a insolação  direta dentro dos ambientes, oferecendo um melhor conforto térmico.  Figura 21: Vidro de diferentes tamanhos e brises na fachada do Auditório de Lugo.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021.                  35 No  interior dos auditórios, é utilizado a madeira, que por sua vez é um  excelente  isolante  acústico,  o  que  proporciona  um  conforto  acústico  muito  melhor  para  o  auditório.  A  maneira  com  que  as  placas  de  madeira  foram  posicionadas no teto também impactam na acústica.  Figura 22: Teto da sala para 900 pessoas com formas que favorecem o conforto acústico.    Fonte: Paredes Pedrosa. Disponível em: www.paredespedrosa.com. Acesso em: 24 de Out.  2021.                      36 6 CONDICIONANTES PROJETUAIS    6.1 Descrição geral do terreno – Análise do terreno    O terreno tem sua localização estabelecida na cidade de Divinópolis­MG,  no bairro Afonso Pena entre Rua Rio Grande do Sul e AV. Sete de Setembro,  Rua Dom Pedro II e Rua Pains. As curvas de nível do entorno, tem como ponto  mais baixo o local onde está situado o terreno. Sendo assim, deve­se ter atenção  com as áreas permeáveis, uma vez que em épocas de chuva intensa a região  tem um grande potencial de ser uma área alagadiça.  Figura 23: Divinópolis em destaque no mapa de Minas Gerais.    Fonte: FamilySearch. Disponível em:  https://www.familysearch.org/wiki/pt/Divinópolis,_Minas_Gerais_­_Genealogia        37 Figura 24: Mapa Localização do Terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  Figura 25: Curvas de Nível do Entorno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  38 O terreno possui uma área equivalente a 4.226 m² e topografia com uma  variação de nível do ponto mais baixo, no caso a Rua Pains, até o mais alto, Rua  Dom Pedro II, de 7 metros.  Figura 26: Mapa Curvas de Nível do Terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 27: Mapa topográfico com curvas de nível, perfil natural do terreno e análise do entorno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  39 Figura 28: Corte AA Perfil Natural do Terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 29: Corte BB Perfil Natural do Terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    O terreno em si não possui vegetações de pequeno, médio e grande porte,  apenas uma vegetação rasteira composta de gramíneas e pequenos arbustos.  Porém, na calçada da Rua Mato Grosso do Sul, possui duas arvores de porte  médio.  Figura 30: Vista Aérea do Terreno.    Fonte: Google Earth Pro. Acesso em: 01 de Out. 2021. Adaptado pelo autor.  40 Figura 31: Vista do Terreno na Intercessão da Av. Sete de Setembro com Rua Pains.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 32: Vista do Terreno na Intercessão da Av. Sete de Setembro com Rua Dom Pedro II.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  41 Figura 33: Vista do Terreno na Intercessão da Rua Rio Grande do Sul com Rua Dom Pedro II.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 34: Vista do Terreno na Intercessão da Rua Rio Grande do Sul com Rua Pains.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  42 6.2 Descrição geral do terreno – Análise climática    6.2.1 Análise da insolação e das cartas solares    A insolação e a ventilação, são fatores importantes a serem considerados,  uma  vez  que,  vão  interferir  diretamente  no  processo  projetual.  Com  isso,  é  imprescindível o estudo das incidências dos ventos e dos raios solares, a fim de  ter um projeto mais assertivo no que diz respeito conforto térmico.  Para  um  melhor  entendimento  de  como  a  insolação  se  comporta  em  relação ao terreno, foi feito um estudo através da utilização de cartas solares, o  que resultou em uma tabela com a junção das informações contendo os horários  de insolação no inverno, verão, solstício de outono e primavera.  Figura 35: Mapa de Análise das Cartas Solares.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.        43 Figura 36: Carta Solar Nordeste, Azimute 11°.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 37: Carta Solar Sudeste, Azimute 112°.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  44 Figura 38: Carta Solar Sudoeste, Azimute 200°.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 39: Carta Solar Noroeste, Azimute 288°.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  45 Figura 40: Tabela de Horário de Insolação.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                                              46 6.2.2 Análise da ventilação natural    Na cidade de Divinópolis, os ventos possuem predominância no sentido  ENE (Leste­Nordeste). Sendo assim, as laterais Nordeste e Sudeste do terreno,  irão receber maiores intensidades de ventos.   Figura 41: Mapa Análise de Incidência dos Ventos.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                          47 Figura 42: Rosa dos ventos de Divinópolis.    Fonte: Meteoblue. Disponível em: www.meteoblue.com. Acesso em: 30 de Set. 2021.    Figura 43: Velocidade do Vento em Divinópolis.     Fonte: Meteoblue. Disponível em: www.meteoblue.com. Acesso em: 30 de Set. 2021.  48 6.3 Descrição geral do terreno – Infraestrutura Urbana    O  entorno  do  terreno  conta  com  ruas  asfaltadas,  sinalização  nas  vias,  postes  de  iluminação  pública  e  bocas  de  lobo  para  o  escoamento  de  águas  pluviais.  O  terreno  possui  também  calçadas  com  acessibilidade,  porém  em  alguns  pontos  degradadas  e  em  sua  grande  maioria  são  obstruídas  pela  vegetação.   Figura 44: Calçadas degradadas e obstruídas por vegetação.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                      49 Figura 45: Rampas de Acessibilidade.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 46: Rampas de Acessibilidade.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  50 Figura 47: Bocas de lobo para o escoamento de águas pluviais.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 48: Bocas de lobo para o escoamento de águas pluviais.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  51 Figura 49: Bocas de lobo para o escoamento de águas pluviais.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                            52 6.4 Descrição geral do terreno – Ambiente construído    As edificações que se encontram no entorno do terreno, possuem uma  altimetria que variam de um até oito pavimentos. É sempre bom considerar as  barreiras  do  entorno  imediato,  por  que  elas  podem  nos  auxiliar  no  processo  projetual.  No  caso  das  edificações,  vão  proporcionar  influencias  diretas  na  insolação e ventilação do terreno.  Figura 50: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  53 Figura 51: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 52: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  54 Figura 53: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 54: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.  55 Figura 55: Gabarito de Altura das Edificações do Entorno.   Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                            56 6.4.1 Ambiente construído – Análise das edificações do entorno  O  terreno,  devido  a  sua  localização  contempla  três  escolas  estaduais  próximas,  sendo  elas,  E.E.  Monsenhor  Domingos,  E.E.  Cel.  José  Mendes  Mourão e E.E. São Francisco de Assis,  facilitando o suporte que a escola de  música  irá oferecer para os alunos da rede estadual de ensino. O entorno do  terreno, também conta em suas proximidades com a Escola Municipal de Música  e o Teatro Municipal Usina Gravatá, a Catedral do Divino Espírito Santo, Praça  da  Catedral,  Mercado  Central  de  Divinópolis,  Lagoa  do  Sidil  e  7ª  Região  da  Polícia Militar.   Figura 56: Mapa de Análise do Entorno.     Fonte: Google Earth Pro. Acesso em: 02 de Out. 2021. Adaptado pelo autor.    Como o projeto da Escola de Música irá atender crianças e adolescentes  das redes estadual e municipal de ensino, o terreno foi escolhido de modo que  melhor atendesse a cidade, tendo uma localização privilegiada ao lado do centro  da cidade, o tornando de fácil acesso para os estudantes. O local que será feito  a implementação do projeto já conta com duas escolas estaduais muito próximas  a ele, o que irá facilitar ainda mais essa parceria e integração das escolas com  a Escola de Música.  57 Figura 57: Escolas Estaduais nas Proximidades do Terreno.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                          58 6.5 Descrição geral do terreno – Aspectos legais    O terreno encontra­se na quadra de número 51 e está situado em duas  zonas do Mapa de Zoneamento de Divinópolis, sendo elas ZC­2 (Zona Comercial  2) e ZR­2 (Zona residencial 2). (Obs: Neste caso, pelo foto de a ZR­2 apresentar  predominância no terreno, ocupando a sua maior parte, ela irá prevalecer sobre  a  ZC­2  e  será  considerado  para  os  cálculos,  como  o  de  taxa  de  ocupação,  apenas a ZR­2).  Figura 58: Mapa de Zoneamento de Divinópolis.     Fonte: Zoneamento de Divinópolis, 2013. Adaptado pelo autor.    A Lei de Uso e Ocupação do Solo de Divinópolis, define para a zona ZR2  o Art. 8° da Lei n° 2418, de 28 de abril de 1994 informa que, “§ 3º ­ A ocupação  dos lotes na ZR­2 obedecerá aos seguintes parâmetros:   a ­ a altura máxima das construções será de 03 (três) pavimentos, não  sendo  computados  o  pavimento  usado  exclusivamente  como  garagem  e/ou  pilotis  e  cobertura  (duplex).  No  caso  do  pavimento  destinado  à  garagem  localizar­se no subsolo, a altura máxima poderá ser de 04 (quatro) pavimentos  mais o subsolo; (NR Lei 7.443/11)   59 b  ­  aplica­se  a  esta  zona  o  que  dispõem  os  itens  b  e  c  do  parágrafo  anterior.   c ­ a taxa de ocupação máxima permitida para a ZR­2 (Zona Residencial  2) será de 75 % (setenta e cinco por cento), exceto para o pavimento com uso  exclusivo de garagem que poderá ocupar até, 100% (cem por cento) do terreno  em qualquer nível. Nos pavimentos de cobertura (duplex), com acessos internos  ao último pavimento a área total dos dois níveis não poderá ultrapassar o máximo  160%  (cento  e  sessenta  por  cento)  da  área  do  pavimento  tipo.  (NR  Lei  7.443/11).” (Divinópolis (MG), 1994).                                    60 6.6 Mobilidade / Sistema viário     6.6.1 Principais vias de acessos ao terreno  Os  principais  acessos  ao  terreno,  se  dão  por  meio  da  Av.  Sete  de  Setembro  e  Rua  Rio  Grande  do  Sul,  pelo  fato  de  serem  vias  arteriais  muito  importantes para a cidade, tendo um grande fluxo de veículos.  Figura 59: Principais Vias de Acesso.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                    61 6.6.2 Hierarquia do sistema viário  A hierarquia do sistema viário do entorno, é composta por vias arteriais,  vias  coletoras  e  vias  locais,  sendo  que  a  Av.  Sete  de  setembro,  Av.  Divino  Espírito Santo, Rua Rio Grande do Sul e Rua Mato Grosso, são classificadas  como vias arteriais e as principais vias do entorno.  Figura 60: Hierarquia do Sistema Viário.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.      7 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS    O  Bairro  Afonso  Pena,  onde  está  localizado  o  terreno,  tem  moradores  predominantemente  idosos  por  se  tratar  de  um  bairro  antigo  da  cidade  de  Divinópolis.  A  renda  da  população  deste  bairro  varia  entre  pessoas  de  baixa  renda, classe média e classe média alta.    62 8 POTENCIALIDADE E PROBLEMAS    8.1 Quadro de objetivos e estratégias projetuais    Condicionantes   Objetivos  arquitetônicos/urbanísticos  Estratégias Projetuais    Ambiental ­  Acústica    Proporcionar  um  conforto  acústico de qualidade;     Trabalhar  com  materiais  isolantes e barreiras físicas que  possam  proporcionar  um  melhor  conforto  acústico  para  os alunos da escola.      Ambiental –  Insolação      Proporcionar  conforto  térmico  para os usuários do complexo  musical;  Posicionar  os  ambientes  internos  de  acordo  com  a  intensidade  solar  de  cada  fachada  do  projeto.  Trabalhar  com  brises  e  marquises  nas  fachadas  onde  for  necessário.  Criar espaços sombreadas nas  áreas externas criando também  um microclima mais agradável.      Ambiental –  Topografia      Usar  a  topografia  a  favor  do  projeto;  Analisar  as  potencialidades  do  terreno  para  uma  melhor  implantação  do  projeto  criando  boas  soluções  arquitetônicas,  de modo que tenha um melhor  aproveitamento dos espaços.  63   Físico ­ Cores    Proporcionar  diversas  sensações  nos  usuários  da  edificação, como estimular os  sentidos,  a  criatividade  e  o  relaxamento.    Trabalhar com diferentes cores  nos  ambientes  para  que  causem diferentes atmosferas.                                    64 9 PROGRAMA  O programa foi desenvolvido com base na divisão dos setores, que foram  preestabelecidos para atender o Complexo Musical Sociocultural de Divinópolis  da  melhor  maneira  possível  de  acordo  com  suas  demandas.  Sendo  assim  o  programa foi dividido em oito setores, que são eles o setor de práticas musicais,  administrativo, apoio, serviços, alimentação, auditório e estacionamento.    Complexo  Musical  Sociocultural      Nome do  Ambiente      Tipo e N° de  Usuários      Área  Mínima  Estimada      Observação  Relações Funcionais e  Requisitos Especiais                           PRÁTICAS  MUSICAIS                    Sala de aula  teórica    Alunos de 12  à 18 anos /  Até 30  alunos    60 m²    5  salas  ­  Espaço  destinado para aulas teóricas  sobre a música.    Sala de aula  prática    Alunos de 7  à 18 anos /  Até 10  alunos    25 m²    10  salas  ­  Área  destinada ao ensino de aulas  práticas de instrumentos.     Sala de  percussão    Alunos de 7  à 18 anos /  Até 1 aluno    15 m²    3  salas  ­  Espaço  destinado a aulas práticas de  instrumentos de percussão.    Sala de  conjunto    Alunos de 12  à 18 anos /  Até 20  alunos    40 m²    2  salas  ­  Salas  destinadas a ensaios do coral  e  da  orquestra  da  escola  de  música.    Sala de  musicalizaçã o infantil    Alunos de 7  à 11 anos /  Até 15  alunos    30 m²    3  salas  ­  Local  onde  serão  lecionadas  aulas  de  musicalização para crianças.   65                      PRÁTICAS  MUSICAIS                     Sala multiuso    Alunos de 7  à 18 anos /  Até 50  alunos    100 m²    Sala  para  atender  a  diversas  situações,  oferecendo diversos usos.    Deposito    Professores  e alunos sob  a supervisão  de um  professor  responsável    20 m²    Local  onde  possa  ser  guardado  mesas  e  cadeiras  das  salas  de  aula,  instrumentos  musicais  e  demais  acessórios  e  objetos  utilizados  pelos  alunos  e  professores.    Banheiro  masc. / fem. /  P.c.D    Alunos de 7  à 18 anos    35 m²    Banheiros  masculino,  feminino  e  P.c.D  destinados  aos uso dos alunos.    SUBTOTAL:    920 m²     Circulação:    184 m²     20% da área construída      Alvenaria:     92 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     1.196 m²               Observações:          ­  O  dimensionamento  das  salas  de  aula,  foi  feito  com  base  no  Manual  de  Orientações  Técnicas  fornecido  pelo  Fundo  Nacional  de  Desenvolvimento da Educação, que visa como área mínima exigida 1,30  m² por aluno e como área recomendada 1,50 m² por aluno. Porém, para o  desenvolvimento do programa, foi trabalhado com uma área de 2 m², para  trazer um maior conforto para os alunos, uma vez que estarão portando  instrumentos musicais.    66                 Observações:            ­ As salas de aula teórica, irão suportar uma quantidade maior de  alunos.    ­ As salas de aula prática, irão suportar uma quantidade menor de  alunos,  recebendo  aulas  individuais  ou  em  pequenos  grupos,  para  que  possa ter uma melhor relação entre aluno e professor.    ­  As  salas  de  percussão,  por  receberem  instrumentos  que  possuem uma alta intensidade sonora, é necessário uma sala privada com  tratamento acústico para que não atrapalhe as demais aulas lecionadas.    ­  As  salas  de  musicalização  infantil,  terão  a  finalidade  de  proporcionar um contato próximo da criança com a música, estimulado a  criança em seu desenvolvimento musical e criativo.                 ADMINISTRATIVO              Recepção    Espaço para  até 3  funcionários    40 m²    Área  de  estar  para  espera  e  atendimento  ao  público.  Espaço  para  acumulação  e  encaminhamento  do  público  para  outras  áreas  do  complexo.     Secretaria    Espaço para  até 3  funcionários    25 m²    Área  de  atendimento  ao  público  e  atividades  administrativas do complexo.    Administraçã o    Espaço para  até 3  funcionários    35 m²    Área  destinada  às  atividades  de  gerenciamento  do  complexo  e  apoio  para  funcionários.    67                           ADMINISTRATIVO    Diretoria    Espaço para  uso do  Diretor    20 m²    Sala  destinada  ao  diretor.  Local  para  atendimento  ao  público  e  atividades  administrativas  do  complexo.    Sala de  reuniões    Espaço que  acomode até  10 pessoas    30 m²    Sala  para  reuniões  dos  funcionários,  professores,  diretor,  pais  e  alunos.    Arquivo    Acesso  restrito a  funcionários.    10 m²    Sala  destinada  a  organização  e  arquivamento  de  documentos  físicos  dos  alunos,  funcionários  e  da  escola de música.    Deposito  administrativ o    Acesso  restrito a  funcionários.    20 m²    Local  destinado  a  guardar  mesas,  cadeiras  e  demais  objetos  de  uso  da  administração.    SUBTOTAL:    180 m²     Circulação:    36 m²     20% da área construída      Alvenaria:     18 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     234 m²        APOIO        Lobby ­  Recepção    Espaço  destinado ao  público geral    50 m²    Área  de  Permanência  e Convívio. Estar para espera  e socialização dos usuários.      68                               APOIO    Sala de  acolhimento /  atendimento    Pais e alunos    15 m²    Sala para atendimento  e  acolhimento  de  pais  e  alunos.    Sala dos  professores e  funcionários    Sala com  capacidade  para  acomodar  até 10  professores    30 m²    Espaço de descanso e  permanência dos professores  nos intervalos entre as aulas.    Copa dos  professores e  funcionários    Até 5  professores e  funcionários    20 m²    Local  para  descanso  de professores e funcionários,  com  uma  pequena  cozinhas  para o preparo de lanches.    Vestiário  feminino    Vestiários  com  capacidade  para 5  professoras e  funcionárias    25 m²    Vestiário  de  uso  exclusivo  de  professoras  e  funcionárias.    Vestiário  masculino    Vestiários  com  capacidade  para 5  professores e  funcionários    25 m²    Vestiário  de  uso  exclusivo  de  professores  e  funcionários.    SUBTOTAL:    165 m²     Circulação:    33 m²     20% da área construída      Alvenaria:     16,5 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     214,5 m²     69                       SERVIÇOS    Almoxarifado    Acesso  restrito a  funcionários.    10 m²    Local  destinado  ao  armazenamento de materiais.    DML    Acesso  restrito a  funcionários  da limpeza.    10 m²    Local  destinado  ao  deposito  de  materiais  de  limpeza.    Banheiro  masc. / fem. /  P.c.D    Espaço  destinado ao  público geral.    35 m²    Banheiros  masculino,  feminino  e  P.c.D  destinados  ao público geral.    Depósito de  lixo.    Acesso  restrito a  funcionários.    10 m²    Área  destinada  ao  descarte de resíduos.    SUBTOTAL:    65 m²     Circulação:    13 m²     20% da área construída      Alvenaria:     6,5 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     84,5 m²            ALIMENTAÇÃO          Lanchonete      Público  interno e  externo da  escola de  música    40 m²    Espaço  destinado  a  alimentação.    SUBTOTAL:    40 m²     Circulação:    8 m²     20% da área construída    70     ALIMENTAÇÃO    Alvenaria:     4 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     52 m²      Observações:    ­  A  lanchonete  irá  oferecer  apenas  lanches  rápidos  e  de  fácil  preparo.                          AUDITÓRIO                        Foyer    Espectadores    50 m²    Espaço  para  acomodação  do  público,  no  início e  fim dos espetáculo e  nos intervalos.    Bilheteria    Funcionários    10 m²    Local  de  atendimento  ao público destinado a venda  de ingressos.    Banheiro  masc. / fem. /  P.c.D    Espectadores    35 m²    Banheiros  masculino,  feminino  e  P.c.D  destinados  ao público geral.    Plateia    Assentos  para 200  espectadores    300 m²    Espaço  destinado  ao  acomodamento do público.    Palco    Artistas    15 m²    Espaço  destinado  a  apresentações artísticas.      Camarins      Artistas      15 m²      2  camarins,  um  masculino  e  um  feminino.  Local de preparo dos artistas  para as apresentações.    71           AUDITÓRIO    Almoxarifado    Artistas e  funcionários    10 m²    Local  destinado  ao  armazenamento de materiais.    SUBTOTAL:    450 m²     Circulação:    90 m²     20% da área construída      Alvenaria:     45 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     585 m²    Observações:    ­ Para o dimensionamento da plateia do auditório, foi utilizado como  parâmetro o livro Neufert (2014), que traz o espaçamento mínimo para o  público sentado de 0,5 m². Porém, para trazer um maior conforto para os  espectadores, será trabalhada uma área de 1,5 m² por espectador sentado.              ESTACIONAMEN TO    Estacioname nto  subterrâneo    20 vagas    250 m²    Local  destinado  ao  repouso de veículos.    SUBTOTAL:    250 m²     Circulação:    50 m²     20% da área construída      Alvenaria:     25 m²    10% da área construída    TOTAL ÁREA  CONSTRUÍDA ESTIMADA:     325 m²      Observações:    A Lei n° 2418, de 28 de abril de 1994, Lei de Uso e Ocupação do  Solo de Divinópolis, define para área de estacionamento na categoria de  72 uso coletivo, 25 m² de área de estacionamento para cada 250 m² de área  construída.     SOMATÓRIO DA  ÁREA TOTAL DO  PROJETO    ­  Somatório  Total  da  Área  Construída  Estimada:  2.691  m²  (Incluindo circulação, alvenaria e estacionamento).            Observações:                        Observações:    ­ Área total do terreno: 4.226 m²      ­  O  terreno,  segundo  o  Mapa  de  Zoneamento  de  Divinópolis,  encontra­se na zona ZR­2 (Zona residencial 2).    ­ Taxa de Ocupação:    A Lei de Uso e Ocupação do Solo de Divinópolis, define para a zona  ZR­2 uma taxa de ocupação de 75% segundo o Art. 8° da Lei n° 2418, de  28 de abril de 1994, informando que, “§ 3º ­ A ocupação dos lotes na ZR­2  obedecerá aos seguintes parâmetros:  c  ­  a  taxa  de  ocupação  máxima  permitida  para  a  ZR­2  (Zona  Residencial  2)  será  de  75  %  (setenta  e  cinco  por  cento),  exceto  para  o  pavimento com uso exclusivo de garagem que poderá ocupar até, 100%  (cem por cento) do terreno em qualquer nível. Nos pavimentos de cobertura  (duplex), com acessos internos ao último pavimento a área total dos dois  níveis não poderá ultrapassar o máximo 160% (cento e sessenta por cento)  da área do pavimento tipo. (NR Lei 7.443/11)    Taxa de Ocupação para ZR­2: 75% de 4.226m² = 3.169,50 m²    Altura Máxima: 3 pavimentos + garagem.  73   10 FLUXOGRAMA  O  fluxograma  foi  desenvolvido  a  fim  de  propor  boas  soluções  para  a  divisão  dos  setores,  de  modo  a  se  pensar  na  funcionalidade  em  que  o  fluxo  interno e externo irão se comportar e, as ligações e interações que cada setor  irá fazer um com os outros.  Figura 61: Fluxograma pavimento térreo.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2022.                        74 Figura 62: Fluxograma 1° pavimento.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2022.                                          75 11 ESPACIALIZAÇÃO    A  espacialização  do  projeto  no  terreno,  é  um  fator  importante  a  ser  considerado para ter um pré­dimensionamento de todo o programa desenvolvido  em  relação  ao  terreno,  possibilitando  a  observação  de  como  o  projeto  irá  se  relacionar  com  o  terreno  e  o  seu  entorno,  com  os  acessos,  a  topografia,  a  vegetação e as edificações existentes.  Figura 63: Espacialização do projeto no terreno.     Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2022.                          76 Figura 64: Espacialização do projeto no terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 65: Espacialização do projeto no terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.          77 Figura 66: Espacialização do projeto no terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.    Figura 67: Espacialização do projeto no terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.          78 Figura 68: Espacialização do projeto no terreno.    Fonte: Gabriel Castro Ribeiro, 2021.                                          79 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      AUDITÓRIO  de  Lugo  /  Paredes  Pedrosa.  Archdaily,  2017.  Disponível  em:  . Acesso em: 24 de  Out. de 2021.    AUDITÒRIO  Lugo.  Paredes  Pedrosa,  2016.  Disponível  em:  .  Acesso  em: 24 de Out. de 2021.    CAVEA  di  San  Calogero.  Cannone  Architetti,  2016.  Disponível  em:  . Acesso em:  24 de Out. de 2021.    Clima  Divinópolis.  Meteoblue,  2021.  Disponível  em:  . Acesso em: 29 de set. de 2021.    CONGRESSO  NACIONAL.  Lei  nº  13.278.  2016.  Disponível  em:  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015­2018/2016/lei/l13278.htm­acesso:  29 set.2021.    CROCKETT,  Lauren.  AM3  Architetti  Associati  projeta  anfiteatro  natural  em  penhasco  na  Itália.  Archdaily,  2016.  Disponível  em:  .  Acesso  em:  24  de  Out. de 2021.    DIVINÓPOLIS. Lei de uso e ocupação do solo, nº 2.418. 1994. Disponível em:  . Acesso em: 30 de set. de 2021.    ELEVADOR  das  Muralhas  Romanas  de  Lugo  /  Antonio  Pernas  Varela.  Archdaily,  2016.  Disponível  em:  . Acesso em: 24 de Out. de 2021.    80 ESCOLA de Música ARTAVE/CCM. Aurora Arquitectos, 2017. Disponível em:  . Acesso em:  20 de Out. de 2021.    HELLER, Eva. A Psicologia das Cores: Como as cores afetam a emoção e a  razão. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2012.    NEUFERT,  Ernst;  KISTER,  Johannes.  Neufert:  Arte  de  projetar  em  arquitetura. 18ª edição. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2014.    OLIVEIRA, W.S. Mapa da Cidade. Prefeitura de Divinópolis,2021. Disponível  em:  Acesso em: 30 de set. de 2021.     PEREIRA,  Matheus.  Escola  de  Música  ARTAVE/CCM  /  Aurora  Arquitectos.  Archdaily,  2021.  Disponível  em:  . Acesso em: 20  de Out. de 2021.    REGENERAÇÃO Ambiental da Cavea di San Calogero – Cefalù. AM3 Architetti  Associati,  2016. Disponível  em:  . Acesso em: 24 de  Out. de 2021.    RODRIGUES,  C.  A.  M.  A  importância  do  ensino  de  música  para  o  desenvolvimento  infantil.  2011.  22  f.  Trabalho  de  Conclusão  de  Curso  (Graduação  em  Pedagogia)  –  Universidade  Estadual  de  Maringá,  Cianorte,  2011. Disponível em: . Acesso em: 20 maio 2015.    SOUSA, Maria Tereza da Cruz Mimoso. Entrevista concedida a Gabriel Castro  Ribeiro. Divinópolis, 22 set. 2021.    SOUZA,  Léa;  ALMEIDA,  Manuela;  BRAGANÇA,  Luís.  Bê­à­bá  da  acústica  arquitetônica: ouvindo a Arquitetura. São Carlos: Edufscar, 2012.    VILLAROUCO,  Vilma;  FERRER,  Nicole;  PAIVA,  Marie  Monique;  FONSECA,  Julia; GUEDES, Ana Paula. Neuroarquitetura: A neurociência no ambiente  construído. Rio de Janeiro: Rio Books, 2021.  http://www.am3studio.it/?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br http://www.am3studio.it/?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br